domingo, 15 de maio de 2011

Temos Um Ao Outro e Isso Vale Ouro











Capítulo Um -Escola Nova
Meu nome é Boulevart, sou brasileira e tenho 16 anos – na verdade 15, mas em um mês faço 16. Eu era muito feliz em meu país. Corrigindo, eu era... bom, eu vivia normalmente em meu país, tinha alguns amigos, estudava em uma escola bacana, e tinha o . Bom, , o que falar dele? Ele foi o primeiro garoto pra mim, meu primeiro amor, gosto dele há três anos, mas quem sou eu na frente da? Nada, né. Minha mãe conseguiu uma proposta de emprego em Londres, e para variar, eu tive que ir com ela. Eu estava muito nervosa, seria uma aluna de intercâmbio em uma escola totalmente diferente das que eu costumava ir. Era meu primeiro dia de aula e eu estava muito nervosa, não sabia o que vestir. No Brasil era uma farda, que apesar de feia, me economizava um bom tempo, e acabei indo com um jeans e uma camiseta. Chegando à sala, sentei na primeira fila. Esse ano eu iria estudar, como prometido ao final do ano passado, mas fui logo surpreendida por uma garota ruiva e meio nerd: - Você não pode sentar aí! – A garota me olhava, assustada. – Saia daí ou vão brigar com você! - Mas por que não posso sentar aqui? – Olhei pra ela com um ar curioso. – Não vejo ninguém sentado aqui, então acho que posso sentar, sim. - A questão não é essa, é que aqui temos costumes diferentes, garotos inteligentes na frente, veteranos também, novatos um pouco atrás e negros e intercambistas são na última fileira. - Nossa, eu juro que não sabia, me desculpe! – Peguei minhas coisas e sentei lá atrás. - Ei! – A garota ruiva me chamou. – Esqueci de me apresentar. Meu nome é, sou a representante da sala, e quem é você? - Meu nome é é , sou brasileira e vim estudar aqui porque minha mãe recebeu uma proposta de emprego. – Sorri. – À propósito, você poderia me apresentar o colégio? Estou meio perdida aqui... - Por mim, tudo bem! Era aula de historia; tentei prestar atenção, mas sempre viajo em meus pensamentos e acabo de desligando do mundo. Em meio aos meus pensamentos, olhei ao meu redor e tinha um garoto incrivelmente lindo ao meu lado. Ele com uma aparência bem estranha, calça rasgada, piercing e algumas tatuagens pelo corpo. Acho que ele também estava viajando em pensamentos, pois vi seu olhar distante. Tentei olhar o mínimo possível pra ele, mas acho que não sou muito boa em disfarçar, pois ele olhou pra mim e deu um sorriso do lado. Na hora do intervalo, saí para conhecer a escola com a. Ela me apresentou o refeitório e as mesas "exclusivas para alunos populares". No final, acabamos indo comer no gramado. Lá era bem mais bonito e com poucas pessoas rondando. Olhei para os lados e vi o garoto meio estranho da aula de historia e perguntei: - Você conhece muitas pessoas aqui, né? - Para ser sincera, eu estudo aqui há seis anos e fui representante da turma por quatro, então acho que conheço todo mundo! – Ela riu. - Você sabe quem é aquele garoto? – Apontei para o garoto esquisito. - Ah! Ele é o Christofer. Christofer Drew. Notas razoáveis, não larga o violão e vive no mundo da lua. Ele estuda aqui há muito tempo, mas não tem muitos amigos. Vive pela escola sozinho, só ele e o violão. Acho que ele não gosta das pessoas perto dele, ou apenas não concorda com nosso jeito de viver. – Ela me olhou, curiosa. – Por que a pergunta? - Não é nada – menti. Aquele garoto realmente me intrigou. Por que ele vivia sozinho? Ele é tão bonito, teria tudo para ser popular, ele tem tudo para ter qualquer garota aos seus pés. Voltei pra casa exausta. Minha mãe não estava; com o novo trabalho, ela raramente parava em casa. Subi para meu quarto, que por falar nele, estava bem bagunçado, mas eu estava exausta não tinha saco para arrumar o quarto, não agora. Tomei um bom banho, deitei na cama, liguei a TV e agarrei no sono. Estava tão cansada que acabei esquecendo-me de estudar.

Capítulo Dois - O garoto estranho
Até que para um dia de aula, ontem não foi tão ruim, mas também não foi nenhum conto de fadas. Eu pensava que quando eu fosse morar em outro país, eu me destacaria mais. Bem, eu me destaquei, mas não por um lado bom; aqui as pessoas têm muito preconceito com alunos de outros países, muita gente me olhava meio torto e viviam falando de mim e dos meus modos. É meio estranho, mas eu evito não pensar no assunto.
Cheguei à sala e a aula de Cálculo já havia começado. Tentei entrar na sala o mais discreta possível e sentei na minha cadeira, isolada lá atrás. Parece que eu não era a única atrasada hoje. Assim que sentei, o "garoto estranho" estava pedindo permissão ao professor para entrar. Só tinha uma cadeira vaga na sala, como de costume, ao meu lado. Eu era meio sozinha, pois a tinha que sentar na frente para dar uma de "boa garota", afinal, ela era a representante da turma. Christofer sentou ao meu lado. Tentei não olhar pra ele e me concentrar na aula, afinal, eu nunca fui muito boa em cálculos e precisava prestar muita atenção. A aula de cálculos passou voando; quando dei fé, o professor de química já havia entrado na sala.
Química. eu sempre fui boa em química; finalmente uma matéria que eu me dava bem. O professor passou um trabalho e pediu para fazermos em dupla. Antes que eu pudesse me virar para chamar a null para fazer comigo, ouvi uma voz atrás de mim.
- Ei. – Parecia uma voz desconhecida. – Você vai fazer o trabalho sozinha?
Eu ia dizer que iria fazer com a , mas quando me virei e vi que era ele, o "garoto estranho", eu desisti.
- Acho que sim. – Dei um sorriso meio sem graça.
- Então acho que podemos fazer juntos, né? Eu sempre gosto de fazer os trabalhos sozinhos, mas não gostaria que você fizesse sozinha. – Ele sorriu meio timidamente.
Olhei para a e ela me deu um sinal de positivo, aprovando que eu poderia fazer o trabalho com ele.
- É! Acho que podemos fazer juntos. – Coloquei a minha cadeira mais próxima da sua.
- Bom, eu acho que eu não sou uma boa dupla; eu não gosto muito de química.
- Eu sou ótima em Química, e se quiser, posso te ajudar. – Sorri para ele.
A aula passou voando. Eu e o Christofer não trocamos uma palavra que não fosse sobre a matéria. Quando tocou o sinal, fiquei esperando a recolher os trabalhos e entregar ao professor.
- E aí, me conta – falava, animada.
- Contar o quê?
- Como foi a conversa com o garoto?
- Razoável. Falamos apenas sobre química. Ele não é de falar muito.
- Na verdade, você deu sorte, amiga. Ele nunca falou com uma garota da escola antes, nem pra trabalhos. Ele tinha um amigo ano passado, os dois não se desgrudavam, eu até pensava que eles eram namorados ou coisa do tipo, mas o garoto decidiu abandonar a escola e ir fazer um curso de artes em Paris.
- Nossa – falei, meio sem jeito.
- Olha quem vem aí. – Ela falava, apontando para frente.
Era ele, com o violão nas costas, vindo em nossa direção
- Posso falar com você um minuto? – ele apontou pra mim.
- C-claro – gaguejei um pouco.
- Vou deixar vocês à sós – disse null, já se retirando.
- O que você quer? Dúvidas em química? – Sorri.
- Também. Mas quero primeiro pedir desculpas pra você. – Ele olhou pra baixo.
- Desculpas por quê?
- Você me ajudou no trabalho e eu nem me apresentei.
- Não tem problema, já me falaram sobre você, disseram que você é mais reservado.
- Também. Mas eu tenho meus motivos pra isso. – Ele olhava pra mim, meio tímido. – É que eu não sou muito de me enturmar; no meu antigo colégio eu tinha vários amigos e uma namorada, só que ela quebrou meu coração e meus amigos me abandonaram. Desde esse dia prefiro ficar só a mal acompanhado.
- Nossa, e o que essa garota fez com você?
- Ela dormiu com meu melhor amigo.
- E você bateu nele?
- Não, pra falar a verdade eu não fiquei com raiva dele, a culpa é dela, ela que se ofereceu pra ele. – Ele me olhava com um pouco de rancor
- E você a amava muito?
- Eu disse que a amava.
- Hoje em dia todas as pessoas dizem que se ama.
- Eu não sou assim, eu só digo que amo uma pessoa quando ela toma por completo todo o meu coração.
- Você é raridade, então! – Tentei rir para descontrair a conversa.
- A propósito, meu nome é Christofer, mas você pode me chamar de Chris. – Ele sorriu. – Bom, eu tenho que ir agora, mas preciso saber seu nome.
- Meu nome é , mas pode me chamar de . – Sorri.
Ele saiu com o violão nas costas. Não perguntei para onde ele iria, afinal, não éramos amigos, e ele era bem na dele, então apenas fiquei olhando ele partir.
Esse garoto realmente chamou minha atenção. Ele não parecer ser igual aos outros garotos, tem pensamentos tão maduros... deve ser por isso que anda sempre sozinho; ele pelo visto deve amar música, pois não larga o violão.
Cheguei em casa e minha mãe novamente não estava em casa. Ultimamente ela costuma sair quando ainda estou dormindo e chegar quando eu vou dormir, então quase não a vejo. Subi até meu quarto e sentei na escrivaninha para estudar cálculos que, como de costume, eu estava perdida na matéria. Eram sete questões, quando cheguei à segunda, minha cabeça não estava mais em funções e sim no "garoto estranho." Fiquei tramando conversas pra eu poder puxar com ele na escola. Eu realmente queria ser amiga dele. Já eram seis da tarde e eu ainda não tinha chegado nem na metade da atividade. Fechei o livro e fui tomar banho. Estava chovendo muito nesse dia. Eu sempre durmo rápido com chuva, assim que deitei, dormi e não vi que horas minha mãe chegou do trabalho.

Capítulo Três - Michelle Hill, a capitã da torcida
No outro dia pela manhã, estava desesperada. Não sabia o que vestir para ir pra aula. Eu sempre me preocupo com o que vestir, só que hoje eu estava muito mais preocupada. Coloquei um vestido bege, peguei minha bolsa e fui para a escola.
Chegando na sala de aula, me recebeu com um sorriso no rosto de um olhar de curiosidade.
- E aí, como foi ontem? – ela me perguntava, animada.
- Como assim?
- Como foi ontem com o Christofer? O que rolou?
- N-nada! – gaguejei um pouco. – A gente só conversou e nada mais!
- Você está gostando dele, não está? – me olhava com um olhar de deboche.
- Claro que não!
- Está sim, dá pra ver em seus olhos! – Ela riu.
- Você está ficando louca, , eu mal o conheço...
- Ainda bem que você não gosta dele, ele é bem estranho, é cheio dessas tatuagens e eu só vejo ele com duas camisas.
Eu ignorei o comentário dela, sentei em minha mesa, e comecei a viajar em meus pensamentos. Fiquei pensando: "e se eu realmente gostar dele?" Mas acho que deve ser bobagem minha. Eu gosto de uma pessoa, já. Ele mora no Brasil, e eu o amo. Meus pensamentos foram cortados por uma voz grave e conhecida, era o professor de historia, me cobrando os exercícios de casa, que eu esqueci de fazer.
Mal começou o ano e eu já tenho minha primeira advertência na escola. Estava perambulando pelos corredores sozinha, já que a estava ocupada com assuntos da escola. Eu realmente odeio andar pelos cantos sozinha; as pessoas sempre ficam me olhando e eu sempre acho que estão falando de mim. Abri meu armário para guardar meus livros e fui surpreendida por um garoto que, pela sua roupa, devia ser do time de futebol do colégio.
- Oi – ele falou, com um sorriso no rosto.
- Oi... – falei, meio tímida.
- Você que é a brasileira? – Ele me fitou da cabeça aos pés.
- Sou! – Cruzei os braços, com um pouco de vergonha. – E quem é você?
- Bem que me falaram que as brasileiras eram bem gostosas. Meu nome é , sou capitão do time de futebol americano da escola. – Ele continuava a me olhar.
- Ah... Bom, , eu estou um pouco atrasada... preciso ir.
- Vai ir sem me dar seu telefone? – Ele sorriu.
Dei o meu número a ele, afinal, não é todo dia que o capitão do time da escola vem falar com você. Cheguei no refeitório e me sentei perto da que estava sozinha. Apesar de muito conhecida, não era tão popular, pois era a "nerd" da turma.
- Sabe quem é o ? – perguntei, intrigada.
- ? O capitão do time de futebol?
- Sim, ele mesmo!
- O que tem ele?
- Hoje ele me parou no corredor, pediu até meu telefone! – falei, animada.
- Ah, não, ! – fez uma cara de reprovação.
- O que foi?
- Ele é , o suposto "namorado" da Michelle Hill.
- Quem é Michelle Hill?
- Michelle Hill é a capitã das lideres de torcida da escola e a última pessoa com quem você deve ter problemas nessa escola.
- O que ela tem demais?
- Ela é a garota mais desejada da escola, todos os garotos estão aos seus pés e todas as garotas fariam de tudo para serem amigas dela! Ela pode acabar com você em segundos, então não se meta com ela, , pelo seu bem.
- Tudo bem...

Hoje não vi o Chris. Acho que ele deve está doente e não veio à escola, logo hoje que eu pretendia me aproximar mais dele. No final da aula, no caminho de casa, vi o Chris sentado em um gramado fumando. Não que fosse surpresa que ele fumasse, pois já era de se esperar, então decidi me aproximar e falar com ele.
- Por que você não foi à aula hoje? – perguntei.
- Não estava com vontade de ir. – Ele me olhou, desconfiado. – O que você faz aqui?
- Eu moro aqui perto. – Suspirei. – E o que você está fazendo aqui?
- Acho esse lugar bonito. Me acalma.
- Hum. Eu não sabia que você fumava...
- É! Isso é um dos modos que eu consigo para esquecer tudo, mas não aconselho isso a ninguém.
- O professor de historia me deu uma advertência hoje... – Tentei puxar assunto.
- Ele sempre me dá advertências. – Ele sorriu.
- Bom, eu vejo que você sempre anda com seu violão...
- É, gosto de sempre andar com ele. A música é minha vida, me faz esquecer os problemas com meus pais, problemas financeiros e amorosos. Não que ela resolva esses problemas, mas ela me dá forças para conseguir suportar.
- Problemas com seus pais?
- Sim, eles sempre andam brigando, na maioria das vezes por causa do dinheiro, por isso nunca gosto de estar em casa.
- Nossa, já é tarde. Tenho que ir pra casa. – Olhei para o relógio. – Te vejo amanhã?
- Se você quiser me ver amanhã... – Ele sorriu.
- Então nos vemos amanhã!
Quando cheguei em casa e deitei na minha cama, o rosto dele sorrindo não saía mais da minha mente, mas também me preocupava muito. Eu não poderia gostar dele... Fora que minha mãe nunca iria aceitar meu namoro com ele, se é que a gente fosse namorar. Passei a noite pensando nele, pensando no "garoto estranho".
Na manhã seguinte, assim que cheguei na escola, fui surpreendida por ,
- Tentei te ligar ontem à noite, mas seu celular estava desligado.
- Ele descarregou e eu não achei o carregador – menti.
- Que azar! – Ele me olhou. – Estou louco para de conhecer melhor.
- Acho melhor não.
- Por que não?
- Você namora a Michelle!
- Pelo visto, já te contaram da Michelle. Bem, eu e a Chell só ficamos. Ela não é minha dona, fora que eu só quero te conhecer. – Ele deu um sorriso sarcástico.
- Mesmo assim, não quero ter problemas!
- Você não terá nenhum problema! – Ele me olhou e me deu um beijo.
- Você está louco? – Dei uma tapa na cara dele.
Ele saiu meio irritado, mas eu não poderia deixar ele me beijar sem minha permissão. Para meu azar, algumas pessoas estavam presentes. As "seguidoras" da Michelle tinham visto aquela sena.
- Ô, garota! – Uma garota loira e magricela, porém muito bonita, se aproximou.
- Está falando comigo? – perguntei.
- Está vendo mais alguém aqui? – Ela me fitava de um jeito desafiador. – Olha, não sabemos quem é você, nem o que você faz, mas você beijou o namorado da nossa amiga e isso não foi legal.
- Me desculpa, mas eu não quis fazer isso e foi ele quem me beijou – falei, meio nervosa.
- Deixe a Chell ficar sabendo disso. Ela vai acabar com você. – Outra garota loira, que me parecia meio burrinha, mas também muito bonita, falou, num tom de deboche.
Elas saíram com um sorriso no rosto, como se pra elas fosse legal atormentar uma novata. Entrei na sala, atrasada, "ele" já estava em sua mesa, sentei ao lado dele e sorri.
- Que bom que veio – falei.
- Bom, eu falei que a gente ia se ver hoje. – Ele sorriu.
- E como você está? – Tentei puxar assunto, porém fui interrompida pelo professor de historia.
- Pelo visto você já fez amizades, não é, senhorita null? – O Sr. Dalton me fitava.
- Me desculpa, senhor Dalton, prometo que não abrirei mais o bico. – Tentei não rir.
- Assim espero.
A aula de historia quase não terminava, queria logo que acabasse, tinha milhares de coisas para saber sobre o Chris. No final da aula, uma garota bem bonita de cabelos longos e pretos me parou na porta da sala de aula.
- Você deve ser Boulevart, , certo?
- Sim.
- Bom, meu nome é Michelle Hill, e bom, acho que você já deve ter ouvido falar de mim. – Ela me olhava com desprezo.
- O que você quer? Estou meio atrasada...
- Tenha calma, o que vou falar com você vai ser rápido. – Ela me olhava, mas agora, com fúria nos olhos. – Soube que você beijou o ...
- Ele me falou que não era seu namorado – tentei me defender.
- A questão não é essa! Eu e ficamos há muito tempo, ele me ajuda a manter minha imagem nessa escola e espero que nenhuma garotinha sem graça se meta entre nós, ok? Ou você se arrependerá de ter entrado nesta escola.
- Me desculpe...
- Olha, você já pode ir, mas antes quero te falar mais uma coisa. Não se aproxime mais do . Se eu ver você pelo menos falando com ele, você vai pagar caro. – Ela saiu e as duas garotas loiras a seguiram. Lembrei de uma pata com seus filhotinhos, mas tentei não rir.
- Pelo visto já conheceu a Michelle, né? – Era a , com sua pilha de livros.
- Infelizmente.
- O que aconteceu?
- Longa historia; te conto no caminho.
Fui contando tudo o que aconteceu para a . Hoje ela ia para minha casa. Combinamos de fazer o trabalho de literatura juntas. Eu gostava de conversar com a , que apesar de meio nerd e sem graça, ela era uma pessoa legal e sempre me ajudava quando podia. Passamos a tarde toda fazendo o trabalho e falando do tal garoto estranho, era incrível que mesmo que a fosse "bv", eu gostava de conversar sobre garotos com ela.
- Meninas, o jantar está pronto. – Mamãe gritava lá da cozinha. Hoje era seu dia de folga e, como eu tinha visitas, ela fez sua deliciosa macarronada.
- Já estamos indo, mãe!
Depois do jantar, o pai da veio pegá-la. Liguei o computador para ver se tinha algum novo email, pois fazia tempos que não falava com meus amigos do Brasil. Assim que abro meu email, me deparo com uma mensagem do .

Olá, !!
Como andam as coisas aí em Londres? Aqui as coisas andam meio difíceis, sinto falta das nossas conversas...
Minha relação com a está indo por água a baixo. Ela que dizia que me amava tanto me trocou pelo novato riquinho que chegou na escola. Eu estou muito mal, sinto muito a sua falta, , e espero te ver logo.
.

Não dava para acreditar. e terminaram! Eu posso tá sendo egoísta com isso, mas eu sempre gostei do , e ele sente a minha falta. Então decidi mandar um email pra ele.

Oi, .
As coisas aqui em Londres estão complicadas. As pessoas aqui não são muito sociáveis e eu sinto falta de você e de todos meus amigos. Fiz uma nova amiga aqui, ela é bem legal. Como andam as coisas por aí? Fiquei triste em saber que você e a terminaram. Vocês faziam um lindo casal, mas ela não te merecia. Espero que encontre alguém melhor e que te ame de verdade.
.

Capítulo quatro – Sou sua maior fã
Acordei no outro dia feliz e com uma grande vontade de voltar ao Brasil. No caminho da escola, ouço uma linda música perto de umas árvores.

Love is the weapon for this lukewarm congregation love is the only thing that’s kept me believing, love is the weapon for this wounded generation

Fui procurar de onde estava vindo aquela linda canção. Era o Chris; isso mesmo, o garoto estranho estava com seu violão e cantando.
- Você canta bem! – falei, sorrindo.
- Obrigado.
- A musica também é linda – tentei puxar assunto.
- Eu mesmo que compus – dessa vez ele me olhou e sorriu.
- - Eu vou indo. Estou atrasada. Você não vai a escola hoje?
- Vou, mas não agora. – Ele sorriu. Era o sorriso mais lindo que eu já tinha visto em toda minha vida. Aquele garoto era realmente incrível; conseguia despertar coisas em mim que nem eu mesma imaginava.
- Então, eu acho que eu vou indo...
- Ei, espera! – Ele puxou meu braço. – Você está feliz hoje.
- C-como assim?
- Andei te observando esses dias e via seu olhar triste, preocupado... – Ele olhava nos meus olhos; era quase hipnotizante. – E hoje você está feliz, seu olhar está feliz.
- Nossa... É que um amigo meu do Brasil me deu notícias e o que eu mais quero nesse momento é voltar pra lá.
- As noticias devem ser ótimas então... E o garoto também deve ser muito especial.
- Eu não falei que iria por causa do garoto!
- Não precisa falar, pois seu olhar te entrega.
- Não é por causa dele que quero voltar para o Brasil.
- Eu não quero que você vá... – Por um momento meu mundo parou, será que ele realmente se importava comigo?
- Sinto falta dos meus amigos.
- Você tem a .
- Ela não é como eles...
- E eu? Eu não sou importante?
- Eu mal falo com você. você é sempre fechado...
- Eu não sou muito sociável, e eu realmente me importo com você, será que você não vê isso? – ele me olhava intensamente.
- Ninguém nunca se importou tanto assim comigo...
Ele se aproximou de mim, e com sua mão fez uma leve massagem no meu rosto, nessa hora o meu coração quase parou. Na verdade, "parou" não é a palavra certa, pois ele estava a mil por hora. Ele aproximou seu rosto do meu e me deu um selinho.
- Eu me importo muito com você.
- Mas você mal me conhece – Falei ainda meio desorientada.
- Esse é o problema, eu mal te conheço e parece que você é a única pessoa do mundo pra mim, toda vez que te vejo eu perco meu ar, e eu realmente odeio sentir isso, pois sempre acabo me decepcionando. – vi uma lágrima cair do seu olho e passei a mão para enxugá-la.
- Você deve está brincando. N-nunca ninguém sentiu isso por mim.
- Eu não brincaria com uma coisa dessas. Agora vamos, pois estamos bem atrasados – Ele segurou minha mão e fomos para a escola de mãos dadas, era meio estranho andar de mãos dadas com ele, pois ele é muito alto e eu tenho no máximo 1,60m, era como se eu voltasse ao jardim de infância indo de mãos dadas com minha mãe para a escola.
Chegamos na sala de aula e o professor de Sociologia já estava na sala, levamos advertências. OTIMO, minha mãe vai me matar. Isso não foi o pior, quando entramos na sala de mãos dadas todos nos olhavam e cochichavam, era uma sensação terrível.
Sentei na carteira e tentei ignorar todos que me olhavam. Tentei prestar atenção - como se desse, né. Passei a aula toda tentando organizar minhas idéias, eu realmente não sabia o que fazer, até agora pouco o que eu mais queria era voltar para o Brasil e cair nos braços do , mas depois do “beijo” que o Chris me deu, eu fiquei confusa, eu não posso está gostando dele, ele é estranho, fora que eu também sinto algo muito forte pelo

Capítulo cinco – Primeira dança
Já estava quase anoitecendo quando saímos da escola, o Chris era simplesmente incrível, quanto mais eu o conhecia, mais eu me impressionava.
- E ai, vai pra casa agora? – Fazia frio, mas não queria deixá-lo e ir pra casa, eu queria ficar com ele, eu queria abraçá-lo forte e nunca mais solta-lo.
- Na verdade não, ir pra casa ultimamente está sendo complicado.
- Quer ir pra minha casa então? Nem que seja apenas para passar um tempo. Você está realmente precisando desabafar. – Segurei suas mãos, elas estavam quentinhas e reconfortantes.
- Pode ser, mas seus pais não iriam achar ruim?
- Claro que não! Meus pais são separados, e bom, eu moro apenas com minha mãe e ela chega muito tarde, dá tempo pra gente conversar um bocado. – Olhei em seus olhos, eu sabia que estavam tristes. Ele realmente precisava conversar com alguém.
Fomos andando em silencio até minha casa, era uma sensação estranha. A única coisa que conseguíamos ouvir eram nossas respirações e meus dentes se batendo por causa do frio. Ele retirou seu casaco e me cobriu com o mesmo, logo depois me deu um abraço. E assim fomos, abraçados até minha casa. Chegando lá, foi como previsto: minha mãe ainda não tinha chegado. Entrei em casa e liguei as luzes.
- Vou fazer alguma coisa pra comermos... E bom, sinta-se em casa.
- Não precisa fazer nada, não estou com fome. Mas como sei que de um jeito ou de outro você irá fazer, vou só avisando que não como animais. – Ele riu.
- Sempre tive vontade de ser vegetariana, mas nunca consigo. Nunca gostei muito de carne, Só não virei ainda por que eu e as verduras não somos tão íntimas.
- Posso te ajudar a fazer a comida, você quer?
- Seria ótimo!
Fomos até a cozinha e preparamos arroz e fritamos algumas batatas. Chris não levava muito jeito com a cozinha, mas ele fazia o que podia. Sentamos-nos à mesa e ele pegou uma folha de alface e molhou no Ketchup.
- Prove – Ele apontava a alface pra mim, me parecia muito nojento, mas eu confiava nele. Coloquei a alface na boca.
- Nossa! Até que não ficou tão mal – Realmente não tinha ficado, talvez com a pequena ajudinha dele eu virasse vegetariana.
- É melhor do que você está comendo um pobre animal que não fez nada com você. – Ele começou a rir. Aquele sorriso. O sorriso que eu gostava de ver todos os dias, o sorriso que me dava forças para ir à escola todos os dias.
Depois que comemos subimos para o meu quarto – Meu Deus! Tinha esquecido que meu quarto estava uma bagunça – Entrei na frente dele tentando arrumar um pouco as coisas. Não adiantou.
- Seu quarto ainda consegue ser mais arrumado que o meu – Ele falou tentando me agradar.
- Duvido! – Sentei na cama e o chamei para sentar-se do meu lado. – Acho que alguém aqui precisa desabafar.
- Talvez.
- Me conte o que está acontecendo Chris, talvez eu possa ajudá-lo.
- Não dá. A situação lá em casa está cada dia mais complicada. Meus pais vivem brigando por coisas tolas e sem importância. Não consigo ver mais amor em seus olhares e eu simplesmente acho que eles vão se separar, vão se separar por coisas bobas como o dinheiro. E é nessas horas que eu me pergunto: “onde está o amor do mundo?”.
- Sei como é isso, quando eu tinha nove anos meus pais falaram que iam se separar, foi horrível pra mim. Eu tive que escolher entre ficar com minha mãe e meu pai. Mas até que foi bom, depois que eles se separaram, acabaram as brigas lá em casa, e bom, meu pai casou com outra mulher e hoje vive feliz. Hoje os vejo feliz.
- Minha mãe quer ir embora, quer ir pra bem longe, e eu não quero que ela vá embora, eu a amo. – Seus olhos estavam chorosos, eu não sabia o que dizer. O abracei bem forte e ficamos assim por minutos, ouvindo apenas nossas respirações.
- Você me faz esquecer todos os meus problemas. É incrível esse poder que você tem sobre mim – Ele falou interrompendo o silêncio que tomava conta do quarto.
- Você me faz esquecer o mundo inteiro.
Ele se aproximou de mim e me deitou na cama, levemente passando a mão pela minha face e encostando seu nariz ao meu. Ele Foi me dando leves beijinhos até aumentar o ritmo e o beijo ficar cada vez mais intenso. Comecei a passar a mão pelo seu cabelo e ele a passar a mão pela minha cintura.
- Espere – Ele interrompeu o beijo
- O que ouve? Foi tão ruim assim?
- Claro que não, só preciso de um tempo – Ele me deu um beijo na testa.
Ele se levantou, pegou uma coisa em sua mochila e foi até a janela. Era um baseado.
- Legal, fui trocada por um baseado – Tentei descontrair o clima.
- Claro que não! Só estou um pouco nervoso.
- Sabe o que eu acho sobre isso?
- O que?
- “Se não pode vencê-los, junte-se a eles” – Peguei o baseado da sua mão e dei uma tragada. Quase morri sem ar.
- Vai com calma! Dê-me isso. Essas coisas não são pra você. – Ele pegou o baseado da minha mão e o apagou.
- Por que não? Sou tão capaz de fumar um baseado quanto você.
- Deu pra vê. Você mal o segurou e quase morreu. – Ele me abraçou.
- Você poderia me ensinar...
- Não quero te meter nessa, quando você entra, não sai mais.
- Mais eu quero! – O olhava com cara de “cachorro sem dono”.
- Tudo bem. Depois não diga que eu não avisei. – Ele acendeu outro baseado e me entregou – Agora você vai sugar o ar e deixar a fumaça ir até a sua garganta, quase chegando aos seus pulmões.
- Tudo bem – Peguei o Baseado e suguei o ar.
- Isso! Agora você vai soltando levemente. – Soltei à fumaça que estava em minha garganta. Consegui. – Isso. Agora você já pode dizer que fumou seu primeiro baseado.
- É uma sensação meio estranha, mas relaxante.
Fui até meu radio e o liguei. Estava tocando “Sitting In My Room” dos Ramones. Subi em minha cama e comecei a pular ao som da musica.
- Vem Chris!
Ele subiu na cama e começamos a pular. Parecíamos duas crianças e era ótima essa sensação. Deitei na cama e logo após ele deitou ao meu lado. Ele me deu um beijo e depois passou um tempo olhando em meus olhos. Isso era meio estranho, eu não conseguia olhar nos olhos das pessoas, sempre fico sem jeito. Mas com ele era diferente, eu conseguia o olhar nos olhos e sentir toda a sinceridade do mundo que ele conseguia transmitir através de um olhar.
- Tenho que ir pra casa agora . Adorei passar essa noite com você, você realmente me fez sentir-me melhor.
- Você também Chris. – Me aproximei dele e o abracei com toda a intensidade que pude.
- Vou indo então.
- Espere! – Segurei seu braço – Nos vemos amanhã?
- Talvez. – Ele sorriu e me deu um beijo na testa.

Capítulo seis – Simples o Suficiente
Assim que o Chris saiu da minha casa, fui checar o meu email e tinham dois emails do .

Olá !
Foi como previsto, eu terminei com a . Mas tudo bem, acho que nem gostando mais dela eu estava, foi o melhor que fizemos. Eu preciso muito de você aqui comigo .
Beijos, .
Ás 10h25min AM.

Oi ?
Pelo visto você deve está muito ocupada, eu mal tenho te visto online esses dias. Tenho muitas novidades para te contar. A primeira é que convenci o meu pai a me deixar fazer intercâmbio em Londres e estou saindo daqui a uma semana. A segunda novidade é que acho que vou ser seu vizinho. Espero te ver logo, quero muito te abraçar.
Beijos, .
Ás 9h45min PM

Meu Deus! O Garoto por quem eu era completamente apaixonada estava vindo morar perto de mim. Era. Não que eu tenha conjugado o verbo errado, só que depois das coisas que aconteceram com o Chris, a minha cabeça tem ficado extremamente confusa.

Oi .
Desculpa não ter te respondido tão rápido, é que o ritmo escolar aqui em Londres está muito puxado, não tenho tido tempo nem para mim mesma. Sério que você vem morar aqui? Meu Deus, que demais! Estou super ansiosa para te ver. Tenho certeza que depois do término de um namoro o melhor remédio são abraços sinceros dos amigos. Quando você chegar darei muitos abraços desses. Amo você.
Beijos, .
Ás 11h20min PM

Não vi que horas minha chegou em casa, estava tão cansada que adormeci logo. Assim que acordei, olhei para a minha janela e vi o Chris sentado perto de uma árvore que tinha no meu jardim. Esse garoto não dormia não?
Tentei me arrumar o mais rápido que pude. Fui até a janela e gritei:

- O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO AQUI SEU LOUCO?
- Não precisa gritar, estou te ouvindo muito bem – ele riu – Eu vim te buscar pra ir para a escola.
- E deis de quando você gosta de ir à escola?
- Você está me motivando a isso. – Fiquei completamente vermelha.
- Você não quer entrar?
- Não obrigado.
- Então espera alguns minutinhos. Vou só tomar o café da manhã tá?
- Tudo bem. – Ele acendeu um cigarro.
Quando desci minha mãe já estava arrumada para ir para o trabalho.
- O que tem para o café mãe?
- Suco de laranja e Waffes.
- Bota o meu. Rápido.
- Para quê tanta pressa mocinha?
- Nada mãe. Apenas estou muito ansiosa para um novo dia na minha adorável escola – Fiz uma voz amável, mas ela não caiu no meu joguinho de adorar a escola.
- Tem certeza?
- Olha mãe, não importa.
Eu literalmente engoli o meu café da manhã e saí para ver o Chris.
- Oi
- Oi.
- Bom... Você fuma quantos cigarros por dia? – Falei fazendo uma careta.
- Olá, como você está? Eu estou muito bem, obrigado. – Ele fez uma voz irônica.
- Nossa, desculpa – Fiquei sem jeito.
- Tudo bem.
- É que fumar logo ás seis da manhã...
- E como você está? – Ele tentou mudar de assunto.
- Estou bem. Na verdade, estou ótima. E você?
- Bem também. – Ele estava lendo as minhas expressões, odeio quando ele faz isso – O que aconteceu de tão bom?
- Um amigo meu do Brasil vai vir morar por um tempo aqui em Londres...
- Só amigo?
- Olha Chris, eu não quero mentir para você. Mas eu também não quero te deixar triste...
- Não vou ficar triste. E você só conta se você quiser tá?
- Vou te contar. O nome desse menino que está vindo é e eu sou apaixonada por ele desde a sexta série.
- Não é a toa que você está super feliz. – A expressão de menino brincalhão que ele sempre tinha havia desaparecido.
- Só que, depois desses dias que passei com você, a minha cabeça ficou confusa. E eu não sei se eu ainda gosto dele...
- Tudo bem, a gente não manda nos nossos sentimentos.

Fomos até a escola sem falar nada. Apenas o tenebroso silêncio.

Depois que conversei com o Chris sobre o , o clima entre nós dois ficou estranho. Eu não deveria ter dito nada para o Chris, só que eu também não queria mentir para ele.
Na hora do intervalo fiquei com o Chris. Como sempre, nós dois sozinhos longe de tudo e de todos. Por um lado era bom, só eu e ele e ninguém para incomodar. Por outro, ficar sozinha com ele com o clima tenso que estava não era nada legal.

- Olha Chris, se for para a gente ficar nesse clima chato o intervalo todo, eu prefiro passar sozinha! – Falei interrompendo o silêncio.
- Não se preocupe que quando o... Como é o nome dele mesmo?
- .
- Isso! Quando o chegar, você não precisará mais me aturar.
- Pelo amor de Deus Chris! Para com essa besteira!
- Besteira?
- É! Você fica com esse ciúme bobo. Isso irrita sabia?
- Ciúmes? Quem disse que eu estou com ciúmes?
- Eu estou dizendo.
- Para eu ter ciúmes eu primeiro teria que gostar de você!
- Você está sendo frio...
- Qual foi ? Nem gostar de mim você gosta.
- Você está sendo idiota Chris... – meus olhos começaram a se encher de lágrimas.
- Você pediu pra eu ser idiota com você.
- CHRIS, A GENTE NÃO TEM NADA UM COM O OUTRO, NÃO VEJO PARA QUÊ A MERDA DESSE CIÚME! – Eu já estava fora de mim, tudo que eu queria era ir para casa e não olhar para mais ninguém.
- A parti do momento em que encostei os meus lábios em você, eu senti que você era minha e que eu era seu. Mas me desculpe se eu me iludi.
- Você mesmo falou que não gostava de mim. – e por uns três minutos, ficou um horrível silêncio – Eu estou confusa. Chris... Desculpa.
- Me desculpa também. Eu fui um completo idiota.
- Tudo bem. – Nos abraçamos.
- Acho que fomos rápidos demais.
- Acho melhor eu ir para casa sozinha hoje. Eu preciso de um tempo para mim. Pode ser?
- Pode. Acho que nós dois precisamos de um bom tempo para nós dois.
- Eu adoro você Chris.
- Eu amo você .
No final da aula voltei para casa sozinha, como havia combinado com o Chris.
- Ei ! – Era a .
- Oi !
- Que milagre te ver sem o Chris.
- Demos um tempo um para o outro.
- Ah... – Ela não sabia o que dizer – Você vai para a excursão do colégio?
- Excursão?
- É. Todo ano fazemos uma viajem com a turma toda no começo das férias.
- Mas não está meio longe das férias?
- Está. É que esse ano eu comecei a organizar mais cedo. Quero que tudo saia perfeito.
- Eu não sei...
- Poxa , vai ser incrível! – Ela parecia muito animada – Todo mundo vai. Vamos acampar na praia, fazer fogueiras e cantar a luz do luar. Será incrível!
- Então eu vou... Mas não é certeza ok?
- Ok! – Ela me abraçou com a maior animação do mundo. Era impossível dizer não para a .

Quando cheguei a minha casa, a primeira coisa que fiz foi checar o meu email. Havia uma mensagem do .

Oi .
Nossa, nem me fale dos seus abraços. Seu abraço é o melhor que eu já provei e eu estou sentindo muita falta disso. Meu vôo foi adiado, estou indo para Londres daqui a três dias. Não é um máximo? Em breve estarei com você, te abraçando.
Beijos, .

Era Realmente inacreditável. O Garoto que eu sempre sonhei em ter em meus braços esta sentindo falta dos meus abraços. Não era a melhor hora para ele vir, pois eu sabia que depois que ele chegasse a Londres, a minha situação com o Chris só iria piorar.

Continua...

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